terça-feira, 29 de maio de 2012

Década de 30 - a grande depressão, recessão, desemprego e o cinema e o esporte.


 
 
 
 
 
 


Nos anos 30 tivemos a grande recessão. Com a queda da bolsa de Nova Iorque em 1929 o cenário não era nada favorável para o mundo capitalista.
A inflação dispara,o desemprego aumenta e na Europa temos o surgimento de regimes autoritários como o nazismo e o fascismo.
Ao mesmo tempo, temos uma intensificação na produção, invensão e criação cultural.
Na moda um paradóxo: o luxo, a sofisticação e o esplendor das classes mais favorecidas. Os ombros de fora e o chapéu canotier eram o ponto marcante. as influências vinham das revistas de moda e do cinema.
E agora, a negação a tudo qu enos anos 20 era considerado bacana. A negação a androgenia, a masculinização da mulher, da praticidade.
A feminilidade está de volta. O romantismo, a silhueta marcada, a sensualidade, o brilho. 
Os vestidos são alongados, justos e retos. E surge o mi-molet, ou seja, na altura da panturrilha, o comprimento da barra de 25cm da altura do chão.
O corte em viés de Madeleine Vionnet , o corte godê e o evasê vieram com tudo. Decotes profundos nas costas em vestidos de noite podiam ser vistos em quase todas as festas.
O cinema era o maior referencial de disseminação dos novos costumes. Hollywood e suas estrelas influenciaram milhares de pessoas.
As criadoras da época: Chanel continuou seu caminho de sucesso, Vionnet e Lanvin também. Elsa Schiaparelli iniciou uma série de ousadias em suas criações, inspiradas no surrealismo. Outro destaque foi Mainbocher, o primeiro estilista americano a fazer sucesso em Paris.

Surgem a primeiras "boutiques" que seriam o primeiro sinal do surgimento do prêt-à-porter. E surgiam os primeiros produtos em série assinados pelas grandes maisons.
Nos anos 30 a moda descobre também os esportes, a vida ao ar livre, os banhos de sol. Os óculos escuros se tornam um acessório de moda impressindível.
Surge a camisa Lacoste, com talhe alongado e cavas folgadas, corte permitido pela flexibilidade da prática do esporte. O uso do short também é grande.Temos as pantalonas, os macacões e os cabelos curtos.
As mulheres eram magras, bronzeadas e esportivas. Modelo de beleza da década: Greta Garbo.
Jean Patou é outro estilista importante da década.
Em 1935 surge Salvatore Ferragamo e sua marca de sapatos que está na origem de um dos principais impérios do luxo italiano.
Os homens, eram elegantes e sempre com seus chapeus canotier ou palheta. Surge o aparelho de barba popularizado pela marca Gillete.
No Brasil as revistas de moda francesas ainda são o maior referencial, mas começam a surgir adaptações das roupas para o nosso clima.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mais uma ilustradora bacana: Petra Börner

 
 
 
 
 
Petra nasceu na Suécia e é uma ilustradora que mora e trabalha em Londres desde 1994, quando foi estudar Moda e Marketing na Central Saint Martins.
Ela cresceu sabendo que seria uma artista e passou muito tempo tricotando, fazendo trabalhos em madeira e usando suas mãos em trabalhos criativos, o que colaborou para seu trabalho de ilustradora.
Petra cresceu nos anos 70 e foi influenciada pela simplicidade do design dessa década. Ela foi influenciada também por artistas como Niki de Saint Phale, Picasso e Andy Warhol, artistas que utilizavam uma variedade de diferentes técnicas nos seus trabalhos.
Embora fosse apaixonada por ilustração, depois de se graduar ela foi trabalhar com moda, pois ela viu que seria um caminho para ganhar dinheiro como artista. Com o passar do tempo ela se viu voltando aos poucos a ilustração até que deixou o mundo da moda para trás para se tornar uma ilustradora freelance em tempo integral e iniciar sua própria empresa, Rosetta. 
O traço dela me lembra os desenhos têxteis da década de 10.
Podemos ver os trabalhos de Petra em capas de livros, estamparias têxteis, cerâmicas, móveis e embalagens. 

Dê uma olhada no site dela que é bem bacana.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Miu Miu Inverno 2013. Miuccia Prada. E um pouco mais.



 
 
 
 
Antes de falar da coleção Inverno 2013 da Miu Miu eu gostaria da falar um pouco da Miuccia Prada que é a responsável pela marca.
Miuccia Prada (Milão, 10/05/1949), é uma estilista italiana, formada em ciências políticas, e tem PHD em Ciência Política. PHD minha gente!!!
É a neta mais nova de Mario Prada, artesão e fundador da marca Prada, em 1913.
Ela é ex-militante do Partido Comunista Italiano e herdou a posse da marca em 1985.
Quando jovem a estilista participou de movimentos estudantis e quis trazer para as coleções uma mulher inteligente, bem informada, ousada e inovadora.
Acho que ela é um exemplo para o povo que estuda moda e não aprendeu ainda que informação e educação é tudo na formação de um designer ou criador. 
Ficar lendo ou escrevendo blogs que falam sobre unhas, cabelos ou tendências que estão em qualquer revista de moda é uma perda total de tempo.
Sobre a coleção Inverno 2013.
A Miu Miu veio com um trabalho de estamparia lindo, despojado que mesclou com a alfaiataria. Miucca disse nos bastidores do desfile:
“Terninhos são a única coisa excitante para mim depois de tantos anos de saias e vestidos”
Blazers e calças de barra curta ganharam charme com camisas e gravatas que misturavam  diversas padronagens e cores. A coleção veio também com vestidinhos curtos, shortinhos e mantôs.
Tudo com um ar retrô mas muito moderno.
Achei sensacional.
Ah! E para quem está em NY, dia 10/05, abriu a exposição no MET da Miuccia com a Schiaperelli que já comentei no post do dia 29/03 aqui no blog.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Filme: This Must Be The Place - Aqui é meu lugar

 
 
 
 





Acabei de assitir "This Must Be The Palce". Direção do italiano Paolo Sorrentino.
Sabe aqueles filmes que você sente antes que vai gostar? Pois é, esse é um deles, mas acho que não é para qualquer um. 
Alguns amigos adoraram e eu acabei de ler uma crítica terrivel na internet. De alguém que não entendeu nada. 
Concordo com essa pessoa que o Sean Penn as vezes fica um pouco exagerado no papel de Cheyenne, um rockstar aposentado, com 50 anos e que continua se vestindo (e sendo) como era na juventude.
Penn é uma mistura de Robert Smith (do The Cure) com Ozzy Osbourne. Ele é casado com a Francis McDormand, que eu adoro, e vive na sua mansão em Dublin, na Irlanda. Mesmo com um pouco de maneirismos demais, o personagem te conquista, Sean Penn te conquista.
A filha do Bono Vox, Eve Hewson, também trabalha no filme e está bem no papel da menina gótica.
Na história Cheyenne é deprimido e angustiado. Vive de renda e é meio que refém da sua fama. Ele recebe a notícia de que seu pai, que não vê a 30 anos, está doente, e resolve visitá-lo em Nova Iorque. Só que quando chega lá, já é tarde e ele sai atrás do nazista que fez seu pai passar por uma humilhação em Auschwits.
Cheio de sacadas no meio dessa viagem de descoberta pelos EUA, o filme deixa também várias lacunas e dá uma sensação de que ele foi sendo construido meio que aleatóriamente.  
E uma coisa eu fiquei pensando depois do filme. Vingança. É um road movie com uma pitada de comédia, drama e vingança. Li em algum lugar na internet e concordo: " Ele procura uma dor que seja legítima, que combine com seu estado de espírito, seu desejo de purgação. O roqueiro reclama que escrevia canções depressivas nos anos 1980 só pra ganhar dinheiro, e é em busca de uma dor de verdade - a do seu pai - que ele parte pelos EUA atrás de vingança."
Trilha sonora super bacana. 

Estréia prevista para maio no Brasil.