Ir ao Tomie Ohtake já é um prazer e ir para uma exposição do Robert Rauschenberg então, é prazer duplo.
Considerado o papa da "Arte pop" (termo criado por ele e não pelo Warhol como muitos podem pensar) em seus trabalhos expostos podemos ver os procedimentos definidores da arte pop: o uso do dia a dia como matéria-prima, a referência a imagens produzidas em larga escala pela indústria cultural e a incorporação da palavra ao repertório das artes plásticas.
Como escreveram na revista Bravo;
"Ele é tão importante para a arte contemporânea por ter levado às últimas consequências as experimentações de Marcel Duchamp (1887-1968), o precursor do dadaísmo", diz o crítico e curador Nelson Aguilar. "Duchamp era um fidalgo, tinha um certo ar aristocrático. Rauschenberg, não. Era do povo e, por isso, conseguiu dar ao lixo o status de arte", completa Aguilar - que, em 1994, organizou uma sala para o artista pop, durante a 22ª Bienal de São Paulo. Ele se refere ao fato de o texano tomar como matéria-prima materiais descartados pela sociedade, incluindo embalagens de produtos e pneus velhos. "De certa forma, Rauschenberg torna viável o que Duchamp elaborou. John Cage, Merce Cunningham e Jasper Johns viraram outros artistas depois que o conheceram."
Uma pena ele ter morrido antes de ver concretizada essa exposição.
Fica a dica.
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