quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Eco-fashion - Gaelyn & Cianfarani

Muito bacana o trabalhos delas. As roupas são confeccionadas com objetos reciclados, com pneus, o latex é um dos materiais que elas trabalham, mas não se enganem, a qualidade é excelente, o design é muito inovador, criativo, e vale a pena conferir o trabalho dessas moças.
O vestido branco postado aqui é de latex e não pensem que não é confortável. Alguns são confeccionados com pneus. Sensacional.

Reabertura da Pedreira já!

Não posso deixar de falar sobre esse assunto e registrar meu manifesto contra 0 fechamento da Pedreira Paulo Leminski que já dura desde 2008.
Hoje pela manhã ouvi na rádio 91 o deputado Jonny Stica falando sobre a audiência conciliatória ocorrida ontem. O que mais me impressionou no que ele falou foi o fato de a Prafeitura de Curitiba só se manifestar no final da audiência e para garantir que a "Paixão de Cristo" continue acontecendo na Pedreira. Gente, o que é isso???? Cidade de carolas do interior????
Entrem no site http://www.apedreiraenossa.com.br/assine e continuem votando pela reabertura desse espaço. Não é possível que uma associação de moradores de bairro consiga manter fechado o único lugar em Curitiba que comporta grandes shows. Devido a esse fechamento temos pago preços bem mais altos pelos poucos shows que ainda ocorrem na cidade e Curitiba tem ficado fora do circuito de grandes shows no Brasil.
O que ficou resolvido na audiência (tirado do site):
Nesta quarta-feira (24), durante uma audiência conciliatória realizada na 4.ª Vara de Fazenda, o juiz Douglas Marcel Perez afirmou que irá pedir uma perícia técnica para embasar os critérios para a reabertura da Pedreira Paulo Leminski. “Trata-se de um grande avanço, já que ficou claro que o espaço reabrirá. Mas, infelizmente, ainda sem um prazo definido”, diz o vereador Jonny Stica (PT). O parlamentar encabeça a campanha A Pedreira é Nossa! e participou da audiência juntamente com produtores culturais.
Após a perícia – que deverá mostrar capacidade do local, infra-estrutura de segurança necessária e questões acústicas – o juiz irá marcar uma data para que os participantes da audiência desta quarta (associação de moradores do Abranches, o Ministério Público e a Fundação Cultural de Curitiba) assinem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), possibilitando que eventos sejam novamente realizados na Pedreira.
Jonny Stica ressalta que a campanha (que reuniu mais de 12 mil assinaturas pedindo a reabertura do local) busca essa conciliação desde o início. “O juiz, inclusive, deixou claro que a audiência só aconteceu porque ele ficou sabendo, através da imprensa, da reunião que mediamos entre Fundação Cultural e a associação de moradores para elaboração de um acordo”, completa.
Na audiência, ficou estabelecido ainda que eventos religiosos (como a encenação da Paixão de Cristo) não precisarão mais passar pela anuência da Justiça para serem realizados. Essa exigência constava na liminar que proibiu os shows em 2008. “A procuradoria do município tentou ainda que houvesse a possibilidade da realização de seis shows no ano até que a reabertura ocorresse, mas a associação de moradores foi irredutível nesse caso”, revela o vereador.
Se manifestem rockeiros e baladeiros da cidade!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Alexander MacQueen (16/03/1969 - 11/02/2010)

As vezes penso que o preço que se paga pela genialidade é muito alto. A sensibilidade tem suas desvantagens, pois as vezes se torna um fardo.
Não quis registrar antes meu pesar com a perda de Alexandrer MacQueen, mas como esse blog é para eu não me esquecer do que eu gosto, deixo aqui registrados alguns momentos, pequenos pedaços do imenso universo desse grande criador.

Encontros e Desencontros (Lost in Translation) - 2003

Para lembrar do que não devemos esquecer.
Adoro esse filme.
A última cena então, acho que vale o filme todo. Fechando com "Just like Honey" dos Jesus And Mary Chain e aquelas imagens da cidade chega a disparar o coração quando vemos a primeira vez no cinema.
Na minha opinião, o melhor filme da Sofia Coppola.
A trilha sonora:
. "Brass in Pocket"(1980) Written by
Chrissie Hynde and James Honeyman-Scott
Performed by Scarlett Johansson (as Scarlett T. Johansson)
. "Fuck the Pain Away"(2000)Written and Performed by
Peaches
Courtesy of XL Recordings Limited
. "(What's So Funny 'Bout) Peace, Love and Understanding"(1974
)
Written by Nick LowePerformed by Bill Murray
. "More Than This"(1982)Written by Bryan Ferry
Performed by Bill Murray
. "So into You"(1976)Written by Buddy Buie, Robert Nix and Dean Daughtry
Performed by Mark Willms
. "Girls"(2002)Written by Tim Holmes and Richard McGuire
Performed by Death In VegasCourtesy of BMG UK & Ireland Ltd.Under license from BMG Special Products, Inc.
. "Too Young"(2000)Written and Performed by
Phoenix
Courtesy of Source/Virgin FranceUnder license from EMI Film & TV Music
. "Minuetto"Written by
Dominic Sands
Courtesy of Promusic, Inc.
. "God Save the Queen"(1977)Written by
Paul Cook, Steve Jones, John Lydon and Glen Matlock
Performed by Fumihiro Hayashi
. "The Thrill Is Gone"(1958)Written by Roy Hawkins and Rick Darnell
Performed by Catherine Lambert
. "Fantino"(1999)Written and Performed by Sebastien Tellier (as Sebastian Tellier)
Courtesy of Virgin RecordsUnder license from EMI Film & TV Music
. "Torn Into"Written by
Mount Sims (as Matt Sims)Performed by Mount Sims
Courtesy of Emperor Norton Records
. "Scarborough Fair/Canticle"(1966)Written by
Paul Simon and Art Garfunkel (as Arthur Garfunkel)Performed by Catherine Lambert
. "Kaze wo atsumete"(1970)Lyrics by Takashi MatsumotoMusic by Haruomi Hosono
Performed by Happy EndCourtesy of Art Music Publishing Co., Ltd.
. "Blue Atmosphere"(1992)Written by
Francesco Santucci, Antonello Vannucchi, Giorgio Rosciglione and Giovanni Cristiani
Courtesy of Promusic, Inc.
. "Sometimes"(1991)Written by
Kevin ShieldsPerformed by My Bloody Valentine
Courtesy of Reprise RecordsBy Arrangement with Warner Strategic MarketingAnd courtesy of Creation/SINE, a division of Sony Music Entertainment (UK) Limited
. "Love Gun"(1979)Written by
Rick JamesPerformed by Rick James
Courtesy of Motown RecordsUnder license from Universal Music Enterprises
. "Muyu"Written and Performed by
Des-Row Union
Under License from Konami Music Entertainment
. "Nobody Does It Better"(1977)(From the film
The Spy Who Loved Me (1977))Music by Marvin HamlischLyrics by Carole Bayer Sager
Performed by Anna Faris
. "You Stepped Out of a Dream"(1940)Music by Nacio Herb BrownLyrics by Gus Kahn
Performed by Catherine Lambert
. "Alone in Kyoto"(2003)Written by Nicolas Godin and Jean-Benoît Dunckel (as Jean-Benoit Dunckle)Performed by AirCourtesy of Revolvair
. "Tommib"(2001)Written by
SquarepusherPerformed by Squarepusher
Courtesy of Warp Records Limited
. "Midnight at the Oasis"(1970) Written by
David Nichtern
Performed by Catherine Lambert
. "The State We're In"(2002)Written by Tom Rowlands and Ed SimonsPerformed by The Chemical Brothers - Courtesy of Virgin/Astralwerks RecordsUnder license from EMI Film & TV Music
. "She Gets Around"(2003)Written by
Jason Falkner, Roger Joseph Manning Jr. and Brian Reitzell
Performed by TV Eyes
. "Just Like Honey"(1985)Written by
Jim Reid (as James McLeish Reid) and William Reid
Courtesy of Warner U.K. Ltd.By Arrangement with Warner Strategic Marketing
. "Feeling I Get"(1969)Written by
Mike Brewer
Performed by Mary Butterworth Group
. "La Dolce Vita"(1960)Written and Performed by Nino Rota© C.A.M. S.r.l.
. "Tomei Tengu BGM"Written and Performed by
Takeo Watanabe
Courtesy of Sankyo Shinsha In

Coleção Outono/Inverno 2011 Lacoste - Semana de Moda de NY

Foi-se o tempo em que a Lacoste era apenas uma camisa polo com jacarézinho.
Desde sua criação em 1927 muitas mudanças já aconteceram na marca.
A produção das camisas Lacoste começa já na colheita do algodão, com a seleção das melhores fibras. Cada camisa pesa 230 gramas e leva 20 km de fios selecionados de uma única pilha de algodão e testados para garantir sua resistência. Até 1950, ela foi produzida apenas na cor branca e atualmente está disponível em mais de 50 tonalidades a cada temporada.
Faz parte da lista dos 10 ícones da moda junto com os óculos Ray-Ban, cuecas Kalvin Klein, diamante Tiffany, a echarpe Hermés, jeans Levi´s 501, a mala Louis Vuitton, relógio Rollex, tailleur Chanel e o trench-coat da Burberry.
Um pouco da história da marca:
Tudo começou em 1927, quando o tenista francês René Lacoste foi o principal responsável pela primeira vitória francesa na Taça Davis e colecionou títulos nos famosos torneios de Roland Garros, Wimbledon e Forrest Hills. Ele utilizou a figura de um crocodilo, baseado em seu apelido “Alligator”, dado pela agência de notícias Associated Press, após o tenista ter feito uma aposta com o capitão da equipe de tênis da França para Copa Davis. O técnico prometeu oferecer-lhe uma mala de crocodilo se ele ganhasse um jogo importante para a sua equipe. O público americano fixou este sobrenome que representava a tenacidade que o jogador demonstrou no terreno de tênis, não largando nunca a sua presa. O amigo Robert George desenhou então para René um crocodilo que foi bordado na jaqueta que ele usava na quadra de jogo e depois em uma camisa de mangas curtas com gola e botõezinhos que iam do pescoço ao peito. O uniforme inusitado apareceu pela primeira vez no Torneio Aberto dos Estados Unidos. Dois anos depois, ele abandonou as quadras por causa de uma tuberculose e dedicou-se totalmente aos negócios da sua marca.
Em 1933, juntamente com André Gillier, dono de uma das maiores fábricas francesas de roupas, começaram a produzir camisas para tênis, golfe e iatismo, lançando o primeiro catálogo da marca. A primeira camisa LACOSTE era branca, ligeiramente mais curta que suas contemporâneas, de mangas curtas e com colarinho de bordos cortados. A camisa constituiu imediatamente uma revolução junto aos jogadores de tênis da época, os quais usavam, nessa altura, durante os encontros, camisas de estilo clássico, em tecido tramado com duas teias, de mangas compridas. Rapidamente as camisetas pólo LACOSTE desbancaram as tradicionais camisas de colarinho duro, vendendo cerca de 300 mil unidades em 1939. Nesta época a empresa investiu no progresso e crescimento das vendas junto ao consumidor. Com a Segunda Guerra Mundial, a empresa interrompe a produção, retornando somente em 1946.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dias cinzentos e chuvosos - set list

Ontem, enquanto trabalhava, deixei meu Ipod no shuffle.
Dia cinzento e chuvoso.
E ouvi um curioso set list, mistura de passado com melancolia e algumas coisas que já não são novidades e que valem a pena ouvir novamente.
Coisas que nem eu lembrava que estavam lá.
Segue o set list:
1. The dandy Warhols - "I am sound"
2. The dandy Warhols - "Rock Bottom"
3. Bap Kennedy - "Moonlight Kiss"
4. AC/DC - "Rock´n Roll Aint Noise Pollut" - sim! eu gosto de AC/DC!
5. Stereophonics - "Caravan Holiday" (acoustic) - LINDA!
6. Raveonettes - "Love in a trashcan"
7. REM - "The Great Beyound"
8. Interpol - "Turn On The Bright Lights" - quase tive um "troço" quando ouvi ao vivo no show em SP.
9. Fisherspooner - "A Kick In the Teath" - nem me lembrava. Muito bacana.
10. Dead Can Dance - "Tristan" - gente, é para morrer de triste...
Quando achei que o aparelhinho não pudesse se superar começa a fabulosa: Lady Stardust do Bowie! Como número 11 do set.
Segue a número 12, Peter Gabriel & Kate Bush com "Dont´Give Up"!!!
O que é isso?
Bom, depois dessa resolvi tomar outro chá.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus - esse filme é para mim

Nesse filme estão presentes os 4 atores que mais gosto: Tony, o personagem principal, é interpretado por Heath Ledger e também por Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell (estão colocados aqui or ordem de preferência).
Além dos quatro, Christopher Plummer e o músico Tom Waits são Dr. Parnassus e seu adversário Sr. Nick. A estreante Lily Cole, Andrew Garfield e Verne Troyer completam o elenco.
Uma história maluca mas envolvente, escrita por Terry Gilliam e por seu parceiro de longa data Charles McKeown (Brazil, As Aventuras do Barão Munchausen), o filme é uma viagem divertida e daquelas nas quais vale a pena embarcar.
Link do tailer:





quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Yinka Shonibare - mais um pouco...

Essas são para minhas alunas de moda. Vale olhar com calma o trabalho desse artista.

Yinka Shonibare

Esse artista me foi apresentado por um amigo que mora na Holanda. Achei muito interessante o trabalho dele.
Yinka nasceu na Inglaterra em 1962 e foi morar na Nigéria com 3 anos de idade. A arte dele explora temas sobre raça, identidade, história e alienação através de uma estética complexa e rica em simbolismos. Ele usa manequins sem cabeça nos seus trabalhos, o estilo vitoriano inglês e o tecido que é chamado africano, multi-colorido e multi-estampado com padronagens típicas. Porém, esses códigos aparentemente decorativos são uma porta de entrada para uma leitura mais aprofundada do mundo pós-colonial. O tal tecido africano que ele usa é uma imitação do batik indonésio, criada na Holanda no século 19 e fabricada na Inglaterra para ser vendida na Indonésia, colônia holandesa na época. Quando viram que não encontravam consumidores lá, certamente por conta da altíssima qualidade do batik local tradicional, o tecido foi vendido a preço de banana na África ocidental. Até hoje esse tipo de tecido é fabricado largamente na Europa e muito usado pela população dessa parte da África, até que virou um símbolo de africanidade, sendo que na realidade é fruto do colonialismo europeu.
Yinka Shonibare, numa entrevista, conta que quando era estudante de arte em Londres, fazia um trabalho com elementos da arte russa e foi criticado por uma professora que dizia “você é africano, deveria fazer arte sobre as suas origens”. Por que devemos sempre nos lembrar de que viemos de algum país? Por que não podemos simplesmente exisitir enquanto espíritos livres e originais, sem essa imposição do apego às origens? Acho que quando Shonibare subverte a noção de identidade, como faz em todas as suas obras, mas bem especificamente em obras como “Dorian Gray” ou “Diary of a Victorian Dandy“, retratando a si mesmo nos papéis que normalmente são reservados para brancos, está certamente confrontando com essa falsa autenticidade, essa identidade imposta. Seu primeiro filme é "Un Ballo in Maschera (Um baile de mascara)" de 2004 em que el mostra o assassinato do rei Gustavo III da Suécia em 1792 por meio da dança. Vou colocar algumas fotos aqui no blog.
Yinka Shonibare recebeu o título de MBE, Member of the British Empire. Nesse episódio também o artista agiu em consonância com a sua arte, com contradição. Todo mundo achava que ele certamente iria rejeitar o título, assim como fizeram muitos outros artistas e pensadores, pela idéia do imperialismo e do “sistema” que é atribuída ao título. Ele não só aceitou como agora faz questão de sempre usar o MBE no seu nome. As contradições e a quebra de expectativas são sempre ótimas ferramentas para dar uma chacoalhada na sociedade.
Yinka atualmente mora e trabalha em Londres.