domingo, 27 de novembro de 2011

Jean Paul Goude em Paris


Quem é Jean Paul Goude? Para quem não conhece ele é ilustrador, designer gráfico, diretor artístico, publicitário, fotógrafo e foi responsável durante anos por tudo relacionado a imagem de Grace Jones que foi seu "par" na vida durante um tempo e com que teve um filho.
Alguns o chamam de "o criador de Grace Jones".
Uma de suas obras mais famosas com certeza é a foto acima. Ela foi feita em 1978 e publicada na New York Magazine, e foi batizada com o título “Arabesque Nigger”.
Mais tarde foi recuperada por Grace Jones e usada para a capa de seu disco de 1985, Island Life.
Muito já se discutiu sobre essa foto: existe ou não manipulação? Goude nos conta sobre o processo criativo:
“A menos que se trate de um indivíduo extraordinariamente flexível,” Arabesque ” é praticamente impossível. Como Grace não poderia fazê-lo, para criar um ilusão credível, o resultado foi feito a partir de reunião de várias fotos tiradas em posições diferentes.”
Goudemalion é o nome da primeira retrospectiva de Goude em Paris. A exposição mistura o grandioso com o íntimo, são mais de 600 fotografias, vídeos, cartazes e desenhos que retratam os mais de 40 anos de carreira desse artista.
Serviço:
11/11/2011 à 18/03/2012 no Musée des Arts Décoratifs
107 Rue de Rivoli 75001 - Paris
aberto de terça à domingo 11h - 18h (às quintas até 21h)
Se você estiver por lá nessa data, aproveite!
Não vai para lá e quer ver mais um pouquinho:

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rua Augusta/SP - 2º Vídeo Guerrilha


No último final de semana aconteceu o 2º evento Vídeo Guerrilha na Rua Augusta em São Paulo.
O evento foi a céu aberto. Projeções de cem artistas em prédios da Augusta puderam ser vistas por quem desceu (ou subiu) a rua durante o sábado e domingo a noite. O que foi o meu caso.
As projeções aconteceram em 11 prédios. Foram vistas fotografias, animações, videoarte e você tinha a chance de ver sua imagem em movimento projetada num edifício de 30 metros.
O grafite virtual foi um destaque. Um sensor de movimento projetava na parede de um estacionamento tudo que era "grafitado" ou "desenhado" pelas pessoas.
A ideia do Vídeo Guerrilha é trazer a discussão sob sobre a revitalização do centro de SP e a valorização arquitetônica.
Foi sensacional.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ilustrador polones: Ryszard Kaja


Vi o trabalho desse ilustrador pela primeira vez no Multiply da Everly Giller. Gravadora de Curitiba.
Achei bem bacana e fui atrás
Ryszard nasceu em 1962 em Poznań, pintor, gravador, cenógrafo.
Ele estudou na Escola de Belas Artes de Poznan, em 1984 obteve um diploma em pintura na pintura de estúdio.
Trabalhou como projetista-chefe no Grand Theatre em Lodz (1999-200), em 1994 como designer na Ópera e Opereta em Szczecin, em 1995-2000 como designer-chefe do Grand Theatre, em Poznan.
Ele é o criador de mais de 150 conjuntos para teatro, balé, ópera e televisão, vários filmes e trabalhou em casas de ópera mais no país, e muitas vezes m.in no exterior, na França, Alemanha, Brasil, Argentina, Israel, Egito.
Executou projetos de teatro dramático e figurinos para produções, incluindo "Sonho uma Noite de Verão" de Shakespeare, "Dois lados do espelho", Miller, "The Road to Mecca" Fugarda, "Senhoras e huzary" Fredro "Happy Days", Beckett "Winnie e seu mestre ", Kundera," baixista "- Suskind," Pen Somebody "Michaux.
Produziu pinturas a óleo, trabalhos em papel em técnica mista, a ilustração de livros de design, programas de teatro, catálogos, e acima de tudo posters.
Bem bacana o trabalho desse artista polonês.

domingo, 6 de novembro de 2011

Música - Festival Planeta Terra


Se você gosta de música, rock, indie, eletrônica, enfim, e não foi ao Festival Planeta Terra nesse último sábado em São Paulo, se liga nas bandas que vou comentar aqui nesse post.
A primeira banda que vou comentar são os ingleses do White Lies. Foi sensacional. Educados, bem vestidos e fora isso ainda cantam e tocam bem. Foi realmente empolgante ouvir músicas como "Farewell to the Fairground", "Death, To Lose My Life", "A Place To Ride", enfim, músicas dos dois discos da banda. O vozerão do vocalista Harry McVeigh é realmente impressionante. Pena que o público ainda era pequeno para ver e ouvir o trio londrino que foi impecável e entrou pontualmente as 19h. Espero que eles voltem logo como prometeram.
Proxima banda: Broken Social Scene. Banda canadense que eu confeço não conhecer muito. Show bem bacana e redondinho. Eles também foram super pontuais e entraram as 20:30h no palco mostrando um grande respeito para com o publico que ainda tinha horas de shows pela frente. A linda Emily Haines, do Metric, e que também faz parte dessa banda, cantou umas duas músicas lindas, lindas.
Toro y Moi : achei beeemm chato. Teclado melódico, chatinho... Mas, é uma questão de gosto.
Gang Gang Dance. Gente, o que é aquilo? Uma banda de Manhattan, NY, de "música experimental" e muito esquisita mesmo. A vocalista, me pareceu uma mistura de Nina Hagen com sei lá o que, meio indiana... confesso, não gostei muito.
Goldfrapp: outra banda britânica. Muito bacana! A banda é considera "electro-rock" para mim, é total disco 80´s. Pelo menos o show do festival. A vocalista, Alison Goldfrapp entrou num vestido preto com tiras de "fitas de vídeo" ou pelo menos é o que pareceu. Louríssima com penteado a la anos 80´s. Sensacional. O show foi curto, mas bem bacana.
Ela cantou "Number One" que eu amo, "Satanic Chic" (com o verso: "she is my man"), "Dreaming", enfim, super show.
Interpol. Adoro eles. Banda americana de NY, e está na categoria "pós-punk". Me faz pensar que o Joy nunca acabou e que o Ian Curtis voltou e mais chique do que nunca.
É um Joy Division mais dark ainda e com uma leitura dos 2000. Achei o show bom, mas ainda prefiro o que eu vi em 2008 no Via Funchal em SP com menos gente e mais impactante. Mesmo assim foi perfeito. Eu como boa fã achei que ficou faltando "NYC" e "Rest My Chemestry". Eles entraram super bem vestidos, todos de preto, elegantes.
Bombay Bicycle Club: banda inglesa, não muito conhecida por aqui ainda. Eu adoro. Foram bem competentes aquecendo o público para os Strokes. A voz do vocalista me lembra muito a do Devendra Banhart que eu adoro, numa versão mais fofa e eletrônica. Tocaram a pop "Magnetic" mais para final do show.
Beady Eye: achei uma chatice!!! E o Liam Gallagher é um pedante e chato. Única banda que atrasou. Um "Fake Oases". Me lembrou tudo que já ouvi antes deles. O povo nem pediu bis.
E finalmente Strokes. Simpáticos, educados, os nova-iorquinos do Strokes fizeram um super show. Juliam Casablancas com sua voz grave e rouca arrasou. Fui uma sucessão de hits da banda, um após o outro com o delírio e o couro da platéia. Sucessos como "Heart in a Cage" levaram o povo ao delirio. "Modern Age" que para mim é muito Loou Reed, foi ótima, seguida de "Yolo", outro mega sucesso da banda, "UCOD", "Hatever Happened", "You So Right" que eu também adoro.
"Last night" encerrou o set list, mas claro que teve bis. Mais 3 sucessos. A única banda que voltou para o bis e foi o final apoteótico com direito a bandeira do Brasil nas costas e tudo.
Ainda na década passada, quando os Strokes surgiram, eu disse a um amigo em SP, que para mim eles eram a banda mais bacana que tinha aparececido nos últimos tempos, e, uma década depois, ainda penso da mesma forma. Falando em termos de rock, claro.
Encerrando a noite com estilo: Groove Armada. A dupla trouxe seu house estiloso ao Festival e fez com que o povo já cansado depois da maratona musical e dos Strokes, levantasse e se jogasse na "pista". Bombou.
Bom, é isso.
Fico por aqui, após uma imersão no rock, indie, alternativo, eletrônico e por aí adiante.
Câmbio e desligo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Moon Bá - mais dois gêmeos bacanas de SP


Fábio Moon e Gabriel Bá, dois quadrinistas residentes em São Paulo e que tem um trabalho sensacional. Os gêmeos que tem 35 anos já são premiadíssimos. Já ganharam até o "Oscar" das HQs recebido pela melhor série limitada de 2011 no Eisner Awards.
Fora um Jabuti, vários Harvey e Eagle Awards e também o nacional HQ Mix.
O quadrinho Daytripper é o trabalho da dupla mais vendido na lista do The New York Times e chega ao nosso país em edição de luxo.
Suas carreiras começaram com fanzines independentes e posteriormente na HQ 10 Pãezinhos - Crítica.
Estão por vir a adaptação de Dois Irmãos, do amazonense Milton Hatoum. Eles já tinham feito a adaptação do clássico de Machado de Assis, O Alienista.
Os dois são formados em artes plásticas e possuem opiniões bem interessantes sobre o Twitter e quadrinhos no iPad. O Twitter para eles é uma ferramenta destruidora da inteligência humana. Nas suas palavras em entrevista a revista da Cultura: "o Twitter está para matar a inteligência humana na Internet, que tem todo esse poder destrutivo, de voc~e se perder em coisinhas pequenininhas e instantâneas, e perder o prazer de se envolver com uma história longa durante horas do seu dia".
Li essa entrevista na revista e achei bem interessante a opinião dos dois. Acho que eles estão certísimos, as pessoas estão perdendo tanto tempo com essas pequenas coisas como Twitter que deixam de fazer outras coisas realamente interessantes ou produtivas.
Vale ler a entrevista na integra.

BIOGRAFIA
Fábio Moon e Gabriel Bá são contadores de histórias.
Fábio é formado em Artes Plásticas pela FAAP, gosta de dança de salão e músicas cantadas por mulheres. Gabriel é formado em Artes Plásticas pela ECA-USP, não lê jornal e gosta de estar na companhia dos amigos.
Fábio e Gabriel são irmãos. Gêmeos.
Eles cresceram juntos, sempre moraram juntos e trabalham juntos. Já publicaram no Brasil, Estados Unidos, Espanha, França, Alemanha e Itália. Já ganharam os prêmios Jubuti, Eisner, Harvey, HQ Mix, Angelo Agostini e o Xeric Foudation Grant.
Eles sabem que ninguém é uma ilha e a importância que uma pessoa tem na vida de outra e é isso que eles querem contar em suas histórias.
Para isso, eles criaram os 10 Pãezinhos. Juntos.
Hoje, produzem a série Daytripper para a editora americana Vertigo e têm uma tira aos sábados na Folha de São Paulo, chamada Quase Nada.
Prêmios:
Jabuti
Melhor livro didático e paradidático para ensino médio ou fundamental - O Alienista - Fábio Moon e Gabriel Bá

Eisner Awards
Best Anthology - 5 - Fábio Moon, Gabriel Bá, Becky Cloonan, Vasilis Lolos e Rafael Grampá (2007)
Best limited series - The Umbrella Academy - Gerard Way e Gabriel Bá (2007)
Best digital comic - Sugarshock - Joss Whedon e Fábio Moon (2007)
Harvey Awards
Best new series - The Umbrella Academy - Gerard Way e Gabriel Bá (2007)
Best artist - Gabriel Bá (2008)

Scream Awards
Best comicbook artist - Gabriel Bá - The Umbrella Academy

Xeric Foundation Grant - Roland (1999)
Angelo Agostini
Melhor Desenhista - Fábio Moon e Gabriel Bá (2005, 2006)
Melhor Roteirista - Fábio Moon e Gabriel Bá (2004)
HQ Mix
Homenagem - Destaque Internacional - Fábio Moon e Gabriel Bá (2008)
Melhor Edição Especial Nacional - 10 Pãezinhos: Mesa para dois (2006)
Melhor Revista Independente - 10 Pãezinhos: Um dia, uma noite (2006)
Melhor Blog de Artista - Os Loucos Underground (2003, 2004, 2005, 2006)
Melhor Edição Especial Nacional - 10 Pãezinhos: CRÍTICA (2004)
Melhor Desenhista Nacional - Fábio Moon e Gabriel Bá (2004, 2006)
Desenhista Revelação - Fábio Moon e Gabriel Bá (1999)
Melhor Fanzine - 10 Pãezinhos (1999)

Blog dos dois: http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2010-10-01_2010-10-31.html