Um breve resumo da Década de 20 ou "Os anos Loucos" e a Idade do Ouro para o cinema.
O mundo tinha saído da Primeira Guerra Mundial e durante a década de 10 tivemos movimentos artísticos e literários como Cubismo, Expressionismo, Dadaísmo e Futurismo e apesar da Guerra, o período foi marcado pelo estilo extravagente.
Já na década de 20 tivemos a continuação desse comportamento extravagante que veio refletir no comportamento das mulheres, principalmente. Elas podiam fumar em público, dirigir, sair para dançar o charleston, o foxtrot e o jazz. Foi uma década revolucionária, de inovação, os famosos "Anos Loucos".
Na moda, foi a consolidação das mudanças que começaram na década de 10. A palavra de ordem éra "o novo" e a palavra chava o "funcionalismo", a simplificação.
As mulheres continuaram trabalhando mas agora, com direito a diversão. E as baínhas foram subindo. Já era possível ver os tornozelos das mulheres e pela primeira vez na história, desde a Pré-História os joelhos estavam a vista. Pernas a mostra!
O uso de meias de cor natural virou um costume. A cintura deslocou para o quadril a famosa cintura baixa ou quadril baixo. As mulheres conquistaram a liberdade de movimento se livrando dos espartilhos.
A década de vinte foi considerada a década de Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, cardigãns, blazers, colares comprinos, boinas e os inesquecíveis colares longos e de pérolas.
Outro nome importante da década foi o do estilista Jean Patou, estilista francês que teve grande destaque no sportswear e roupas de banho. Patou também criou vestidos para famosas atrizes do cinema.
As roupas foram feitas seguiindo a linha geométrica e as jóias "semi-preciosas" eram um must. Outra estilista que continuou a acontecer foi Madame Vionnet e seus maravilhosos vestidos transpassados, seu corte em viés e suas franjas.
Não podemos esquecer que Paul Poiret tinha dado o ponta pé inicial para isso tudo aocntecer já na década anterior e que foi ele o resposável pela libertação da mulher quando tirou o espartilho dos guarda roupas femininos. Poiret segue pela década de 20, criando até sua falência total.
E temos a Arte Déco. O Estilo Déco e a negação curvilínea, privilégio da forma geométrica nos objetos, roupas e jóias.
A negação da forma foi tão grande que as mulheres usavam achatadores de seios e usavam anáguas e combinações. As mulheres cultivavam o aspecto andrógino.
Temos o desaparecimento da diferenciação social pelas roupas é a "uniformização do estilo". O que diferenciava as classes eram os preços das roupas e a qualidade dos tecidos.
Na maquiagem o uso obrigatório era do pó-de-arroz, batom vermelho, cílios e cabelo curto "à la garçonne" que significa "a maneira dos meninos". O formato da boca: de coração.
O uso do chapéu cloche (forma de sino) era uma das marcas registradas da década.
O salto do sapato era carretel.
Para a moda masculina: o sapato bicolor, o chapeu coco, as calças knickerbockers (esportivas de golfe), tecido príncipe de Gales e smocking eram a pedida.
O cinema foi o grande difusor da moda e do comportamento da década. Tivemos Greta Garbo, Glória Swanson, Josephine Baker Rodolfo Valentino, Antonio Moreno, e muitos outros atores que marcaram os anos 20.
Foi realmente uma década importante. Se você não conhece bem, dê uma pesquisada pois até hoje temos releituras de peças dessa década. Eu, particularmente, acho a mais importante para a história da emancipação feminina.
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