Adoro bolinhas o que me levou a pesquisar mais sobre essa artista plástica japonesa de 79 anos. Ela sofre de TOC - transtorno obsessivo compulsivo, e ela mesma se internou num hospital psiquiátrico já a um tempo. Ela resolveu sair do circuito das artes em NY no ano de 1975 e voltou para Tóquio no Japão, aonde se internou.
Sua maior obsessão são os pontos que ela vê como símbolo da sua doença. Ela diz que suas obras são representações das alucinações que tem. Ela conta que é a maneira que ela encontrou de mostrar aos outros o que ela vê durante o seus surtos.
Marc Jacobs já usou seus trabalhos como inspiração em uma coleção dele.
Eu acho o máximo, mas fica visível a compulsão dela quando conhemos seu trabalho.
Teve uma sala dela, aqui, na Hayward, recentemente (que eu por acaso tinha visto há anos, em Berlim - é difícil saber se é a mesma sala, ou se foi revisada), com as formas de bolinhas (branco sobre vermelho, o "negativo" da foto acima) e vários espelhos. O estranho é que algo que representa uma doença e uma obsessão, aplicado num ambiente, se torna acolhedor e quase repousante... (Da primeira vez, claro, o impacto é mais forte; o ambiente resiste à revisita, mas ameniza um pouco da segunda vez.) Acho que essa "paz" é um pouco o "efeito Alice", de ter enveredado por um mundo estranho, infantil e adulto ao mesmo tempo. Disfarça o mal. Ou será que não?
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