VivianneWestwood
terça-feira, 30 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Agora sim, um pouco dos desfiles em Brasília - MISSONI
A grife italiana abriu sua primeira loja na América Latina, em São Paulo no mês de dezembro do ano passado no shopping Iguatemi e agora pretende nesse ano inaugurar o Hotel Missoni na ilha de Cajaíba (BA).
Parece que o Brasil agora é prioridade para estrangeiros e suas marcas.
A Missoni é uma das grifes italianas mais conceituadas e foi fundada por Ottavio Missoni e Rosita Mossoni em 1953. É conhecida pelo uso original da malharia com técnicas novas de confecção, cores abundantes e desenhos criativos.
Tive o prazer de ver o desfile da marca em Brasília. A capital federal receberá em breve um novo shopping Iguatemi que participou do evento.
Pedro Lourenço - Paris, outono inverno 2010/2011
E não é que o menino cresceu? O desfile de Pedro Lourenço, filho da Glória Coelho e do Reinaldo Lourenço, fez seu primeiro desfile em Paris. Com apenas 19 anos o moço parece ser uma promessa, também, olha de quem o rapaz é filho.
Yves Saint Laurent fez o seu primeiro desfile em Paris com 21 anos e Pedro já pode ser considerado um novo Laurent, um Alaia, enfim, um prodígio.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Adote um vira-lata
Sou totalmente pró vira-latas.
Adote um cãozinho vira-lata ao invés de comprar um de raça.
Existem várias Ongs e feirinhas de adoção.
Esse final de semana mesmo, dia 27/03, vamos ter uma feirinha da adoção na Rua México, 300, Bacacheri em Curitiba.
Quem estiver interessado entre em contato com:
Carla - (41) 9914-6030, Fabíola - 9188-9792 ou Sandra - 9117-8875
terça-feira, 23 de março de 2010
Dulcinea´s Lament e o Festival de Teatro de Curitiba
Antes de continuar meu tour pela semana de moda em Brasília devo comentar rapidamente aqui que ontem, após chegar de viagem e estar bem cansada a ponto de quase desistir de ir ao teatro, fui ao Teatro da Reitoria para ver a única peça gringa do festival de Curitiba, Dulcinea´s Lament e para quem está em Curitiba fica a dica: vá ver.
A atriz Dulcinea Langfelder, nascida e criada no Brooklyn, NY, é parte judia eslovaca e parte siciliana católica e ela acredita ter também parte muçulmana. É uma mulher do mundo.
Bem interessante. As projeções, a atriz , a música, a viagem pelas religiões, muito texto, muito visual, enfim, vale realmente a pena ir. E olhe, que quem me conhece sabe que teatro não está na minha lista das artes prediletas.
"Espetáculo canadense Dulcinea´s Lament no Festival
Inspirada pela personagem Dulcinea del Toboso, a eterna musa de Don Quixote, a atriz canadense Dulcinea Langfelder leva a plateia por uma viagem multimídia através das emoções humanas.Nesta montagem, o clássico de Cervantes é a inspiração para uma mistura de dança, projeções em vídeo, efeitos de luz, comédia e linhas dramáticas, que revelam reflexões originadas dos pensamentos de Dulcinea.
Uma aventura eclética, ecêntrica e enérgica que não vai deixar ninguém da plateia imune a esta "heroína ausente", perpetuada pela literatura universal. A cenografia engenhosa e o grupo de atores/dançarinos que contracena com a protagonista conferem uma movimentação nada convencional, neste espetáculo que já correu o mundo com sucesso de público e crítica. "
Uma aventura eclética, ecêntrica e enérgica que não vai deixar ninguém da plateia imune a esta "heroína ausente", perpetuada pela literatura universal. A cenografia engenhosa e o grupo de atores/dançarinos que contracena com a protagonista conferem uma movimentação nada convencional, neste espetáculo que já correu o mundo com sucesso de público e crítica. "
Para quem quiser ver uma pequena amostra:
Semana de moda de Brasília
Acabo de voltar da nossa capital federal e confeço que me surpreendi com o que vi e ouvi. Adorei algumas coisas que vi nas passarelas por lá.
Claro que como toda semana de moda, temos as presenças globais, o que simplesmente não me diz nada. É simplesmente impressionante o poder de captar a atenção do povo quando se é ator ou atriz da nossa mais famosa editora de TV. Ouvimos gritos e pessoas correndo quando um deles estava chegando, saindo ou desfilando.
Voltando ao que realmente interessa, os desfiles na sua maioria foram bons a ótimos. Quase tive um "siricutico" quando soube que ia ter a oportunidade de ver o desfile da Missoni (em breve um post exclusivo sobre o desfile da marca italiana) e os outros dois desfiles das marcas italianas Mabro, roupas masculinas (simplesmente de chorar!) e finalizando com Renato Balestra e seus vestidos de noite. O homenageado dessa semana de moda foi Renato Russo e por esse motivo tivemos algumas regalias, como por exemplo os melhores lugares nos desfiles. A homenagem foi devido aos 50 anos de Brasília e do Renato, que se estivesse vivo estaria completando cinco décadas depois de amanhã. Enfim, muitas marcas, muitas festas, festa na Embaixada da Itália e graças a embaixatriz do país amigo pudemos ver os desfiles de três marcas italianas desfilando em Brasília.
Jum Nakao também estava por lá. Com sua simpatia nipônica.
De início, do que pretendo que seja uma pequena cobertura dessa semana que passou em BSB vou postar algumas fotos do evento e o clip de abertura dos desfiles.
terça-feira, 16 de março de 2010
Um pouco de marcas - Vilebrequin
Agora, dia 22/03, a Escola São Paulo trás a diretora artística da marca de bermudas Vilebrequin, Zaza de Brito, para uma palestra e um workshop.
Famosa grife francesa de bermudas conhecida por suas estampas inusitadas que envolvem temas tropicais e por usar um tecido exclusivo de secagem rápida. A VILEBREQUIN é presença constante nos melhores balneários do mundo com suas bermudas masculinas, que se tornaram um hit por suas estampas exclusivas e design contemporâneo.
A história:
A história começou em St. Tropez, badalado balneário e paraíso dos milionários europeus no sul da França, no ano de 1971, quando o jovem visionário Fred Pryskel, sentado no terraço do célebre café Sénequier, divertia-se recortando uma toalha de mesa xadrez em algodão com o intuito de criar, em poucas tesouradas, um calção de banho simples e elegante que fosse apropriado para nadar nas belas praias da região. Após algumas tentativas, resolveu utilizar tela de vela, um material que garantia secagem ultra-rápida. Foi o nascimento do boxer-short, o primeiro calção de banho, que chamava a atenção não somente pela estampa como também pelo corte diferenciado, bem diferente aos encontrados na época, batizado de VILEBREQUIN (nome em francês do eixo central do motor), devido à paixão do criador por corridas de automóveis.
A história começou em St. Tropez, badalado balneário e paraíso dos milionários europeus no sul da França, no ano de 1971, quando o jovem visionário Fred Pryskel, sentado no terraço do célebre café Sénequier, divertia-se recortando uma toalha de mesa xadrez em algodão com o intuito de criar, em poucas tesouradas, um calção de banho simples e elegante que fosse apropriado para nadar nas belas praias da região. Após algumas tentativas, resolveu utilizar tela de vela, um material que garantia secagem ultra-rápida. Foi o nascimento do boxer-short, o primeiro calção de banho, que chamava a atenção não somente pela estampa como também pelo corte diferenciado, bem diferente aos encontrados na época, batizado de VILEBREQUIN (nome em francês do eixo central do motor), devido à paixão do criador por corridas de automóveis.
Depois de pesquisar vários tecidos, ele inicialmente começou a produzir seus calções e bermudas em pequena escala, e os vendia somente na chique Riviera Francesa, conquistando a admiração dos freqüentadores regulares e celebridades da badalada St. Tropez. Nos anos seguintes, a grife francesa tornou-se ícone fashion por aliar modelagens inovadoras à tecidos de secagem rápida, que se tornaram marca registrada da VILEBREQUIN. Não demorou muito para que suas bermudas de cores fortes e temas florais fossem vistas em abundância nas mais concorridas praias européias. Nas décadas seguintes a marca conquistou o guarda-roupa europeu com cores vibrantes e estampas divertidas em calções e shorts de banho para homens.
Em 1995 a marca novamente revolucionou o mercado ao introduzir o conceito “Like father, like son” (“Tal Pai, Tal Filho”), alimentando o imaginário dos homens em seu desejo de cumplicidade com os filhos. O conceito, incorporado ao universo da marca, apresentava coleções idênticas de bermudas para ambos, se tornando imediatamente ícone e objeto de desejo. Apesar do imenso sucesso que a VILEBREQUIN fazia nos balneários mais badalados e chiques do mundo, a primeira loja da marca foi aberta somente em 1996 na França. Luxo, elegância e descontração são os temas que permeavam a decoração da loja. Além disso, vidro e madeira clara acolhiam perfeitamente as cores vibrantes e a riqueza dos estampados.
Foi neste mesmo ano que a marca introduziu no mercado mais dois exclusivos modelos de calção de banho: Okoa, uma bermuda mais longa e com design mais fashion que a tradicional; e Master, mais curto e confortável. Até a virada do milênio, várias outras unidades foram inauguradas em muitas localidades, como em 1999, quando foi aberta a loja conceito em Nova York; além de unidades em Genebra, Paris, Cannes, Marselha e Lyon. Nesta década a VILEBREQUIN expandiu sua linha de produtos introduzindo toalhas de praia, óculos de sol, camisetas, camisas pólos, bonés, chapéus, calças de abrigo, moletons e uma linha casual de calças, bermudas e camisas de linho. Em 2007, o Fashion Fund One comprou a VILEBREQUIN por aproximadamente US$ 120 milhões.
No ano seguinte, a VILEBREQUIN chegou ao Brasil com a inauguração de uma loja própria no badalado shopping Iguatemi em São Paulo. E não demorou muito para que duas outras unidades fossem inauguradas, uma no Rio de Janeiro e outra em Salvador. Atualmente, as coleções da marca são super limitadas: apenas 200 estampas diferentes são confeccionadas, divididas em 16 modelos de diferentes de corte. As peças têm um sistema de ilhoses que evita a imagem de bermuda inflada ao sair da água, e um compartimento vedado do tamanho do bolso traseiro para guardar pertences. Não é a toa que a VILEBREQUIN é a única marca de luxo masculina totalmente especializada no universo da praia. Adorada pro celebridades como George Clooney, Andrea Casiraghi, Leonardo di Caprio, Brad Pitt, Hugh Grant, Robert De Niro, Príncipe William e Nicholas Sarkozy, a marca ainda oferece uma linha de roupas que vai de camisas, calças, bermudas a acessórios.
A marca no mundoAtualmente a badalada marca francesa, única a se dedicar exclusivamente a linha praia e lazer para o homem, está presente em aproximadamente 50 países ao redor do mundo e conta com 78 lojas próprias localizadas em cidades chiques e badaladas como St.-Tropez, Paris, Capri, Milão, Londres, Lisboa, Nova Iorque e Los Angeles. Suas roupas e acessórios como óculos de sol e toalhas de praia também são comercializados em aeroportos e nas mais badaladas lojas de departamento do mundo.
Para quem estiver em São Paulo vale a pena conferir a palestra e o workshop.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Sensacional - homeless fashion na China
Transcrevo na integra notícia sobre tendências da revista Criativa:
Editorial da revista W de setembro de 2009. Glamour nos looks feitos com sacolas de luxo
"O homeless chic é só mais uma das perversões da moda. É um jogo de imagens, de atração e repulsão" - Vivian Whiteman
"Tendência
09/03/2010 - 19:13
Chinês anônimo encarna o "homeless chic"
A tendência de roupas detonadas e looks largados apareceu em 1980 e hoje ferve nas passarelas. Agora surge um personagem curioso e bem real para entrar no debate sócio-político financiado pelo mundinho fashion Vinícius Cardoso
Ele já foi flagrado nas ruas de Ningbo com roupas dignas das últimas fashion weeks
Os desfiles anunciam que o look mendigo está na moda. Produções puídas viraram inspiração para editoriais e campanhas badaladas. Virou tendência ser low (e high ao mesmo tempo, claro) e depois do neogrunge dos anos 2000 (re)nasceu o homeless chic, que desde a última temporada dá as caras entre as fashion weeks. É a moda com ar junkie de butique, com sobreposições de texturas e um quê vintage, que agora encontra um personagem bem real para encarnar o perfil desalinhado. Um morador de rua da China virou alvo da blogosfera e rendeu comentários do lado de cá do globo por suas curiosas combinações, que poderiam ter saído da última coleção masculina de Vivienne Westwood.
Ele mora na cidade de Ningbo, virou sensação entre os blogueiros chineses que o elegeram “ícone fashion” e saltou para o mundo estampando uma página do jornal britânico The Independent. Reafirmando seu curioso posto, o homem aparece registrado em looks femininos e já tem uma comunidade de fãs no Facebook.
Ele é chamado de Brother Sharp, Beggar Prince e Handsome Vagabond por seu "bohemian dress sense"
No debate sobre política, economia e sociedade, essa história guarda a descrição do miserável na moda como um signo destes tempos, um tema recorrente interpretado em diferentes lugares do mundo. Do último desfile da Amapô, na SPFW, ao show masculino de Vivienne Westwood, na semana de moda de Milão, em janeiro, as roupas rasgadas e os looks cinzentos viraram um manifesto que teve sua gênese em 1985 e ressurgiu no ano passado.
A japonesa Rei Kawakubo, cabeça da Commes des Garçons, foi a primeira a apresentar uma coleção detonada e chocar Paris, fugindo da cartilha fashion 80´s. No ano 2000, John Galliano atraiu os olhos da capital francesa colocando as modelos da Dior com garrafas na mão e pedaços de jornal entre as roupas. Em 2007, foi a vez de Marc Jacobs mostrar peças desfiadas, cortadas, muito bege, preto e cinza, um largado sempre combinadinho batizado de neogrunge.
A campanha sujinha da francesa Balmain e a camiseta (nada) básica da marca, que custa U$ 1624 (foto anexada no post).
09/03/2010 - 19:13
Chinês anônimo encarna o "homeless chic"
A tendência de roupas detonadas e looks largados apareceu em 1980 e hoje ferve nas passarelas. Agora surge um personagem curioso e bem real para entrar no debate sócio-político financiado pelo mundinho fashion Vinícius Cardoso
Ele já foi flagrado nas ruas de Ningbo com roupas dignas das últimas fashion weeks
Os desfiles anunciam que o look mendigo está na moda. Produções puídas viraram inspiração para editoriais e campanhas badaladas. Virou tendência ser low (e high ao mesmo tempo, claro) e depois do neogrunge dos anos 2000 (re)nasceu o homeless chic, que desde a última temporada dá as caras entre as fashion weeks. É a moda com ar junkie de butique, com sobreposições de texturas e um quê vintage, que agora encontra um personagem bem real para encarnar o perfil desalinhado. Um morador de rua da China virou alvo da blogosfera e rendeu comentários do lado de cá do globo por suas curiosas combinações, que poderiam ter saído da última coleção masculina de Vivienne Westwood.
Ele mora na cidade de Ningbo, virou sensação entre os blogueiros chineses que o elegeram “ícone fashion” e saltou para o mundo estampando uma página do jornal britânico The Independent. Reafirmando seu curioso posto, o homem aparece registrado em looks femininos e já tem uma comunidade de fãs no Facebook.
Ele é chamado de Brother Sharp, Beggar Prince e Handsome Vagabond por seu "bohemian dress sense"
No debate sobre política, economia e sociedade, essa história guarda a descrição do miserável na moda como um signo destes tempos, um tema recorrente interpretado em diferentes lugares do mundo. Do último desfile da Amapô, na SPFW, ao show masculino de Vivienne Westwood, na semana de moda de Milão, em janeiro, as roupas rasgadas e os looks cinzentos viraram um manifesto que teve sua gênese em 1985 e ressurgiu no ano passado.
A japonesa Rei Kawakubo, cabeça da Commes des Garçons, foi a primeira a apresentar uma coleção detonada e chocar Paris, fugindo da cartilha fashion 80´s. No ano 2000, John Galliano atraiu os olhos da capital francesa colocando as modelos da Dior com garrafas na mão e pedaços de jornal entre as roupas. Em 2007, foi a vez de Marc Jacobs mostrar peças desfiadas, cortadas, muito bege, preto e cinza, um largado sempre combinadinho batizado de neogrunge.
A campanha sujinha da francesa Balmain e a camiseta (nada) básica da marca, que custa U$ 1624 (foto anexada no post).
O submundo chegou vitaminado a 2009 nas produções da francesa Balmain, marca que vende hoje uma camisetinha básica toda furada pela bagatela de U$ 1624. Vogue Itália e W dedicaram muitas páginas à inspiração que vem literalmente das ruas. A ideia foi parar no street style de Scott Schumann, no The Sartorialist, e encontrou até sua representante jetsetter brasileira Alice Dellal, que roda entre desfiles badalados em Nova York, Londres e Paris e baixa nas festinhas finas de Mônaco vestindo meias furadas e shorts idem.
Em sua edição de setembro de 2009 a Vogue Itália estampou a capa com os maltrapilhos de grife
(foto no post).
Em sua edição de setembro de 2009 a Vogue Itália estampou a capa com os maltrapilhos de grife
(foto no post).
Editorial da revista W de setembro de 2009. Glamour nos looks feitos com sacolas de luxo
"O homeless chic é só mais uma das perversões da moda. É um jogo de imagens, de atração e repulsão" - Vivian Whiteman
(foto no post)
A onda nada nova aparece como uma das queridinhas para o próximo inverno. A antimoda está no mainstream, topetes e roupas engomadinhas agora são cafona, e a ideia de parecer pobre volta como a sacada da estação com mil sobreposições, jeans destroyed, blusas podrinhas e jaquetas detonadas. O guarda-roupas descontraído e confortável lotado de peças esfarrapadas virou must-have, e mostra que a homelessness pode ter várias caras, mas os cortes fashionistas não entram na discussão social impressa nas imagens. "O homeless chic é só mais uma das perversões da moda. É um jogo de imagens, de atração e repulsão. Não tem nada a ver com mudar a situação de alguém", diz a repórter de moda da Folha de São Paulo, Vivian Whiteman.
O mundo fashion representa, interpreta culturas e identidades, expressando tudo no vestir. As imagens da moda são absolutamente abertas a qualquer leitura, e essa tendência requentada levanta um controverso debate sócio-político-estético. Aqui a moda romantiza a realidade? É insensível reconhecendo beleza no sofrimento alheio? As pessoas são negligentes sobre a questão? Ou o luxo pobre não passa de cenas fetiche abertas a discursos furados?"
A onda nada nova aparece como uma das queridinhas para o próximo inverno. A antimoda está no mainstream, topetes e roupas engomadinhas agora são cafona, e a ideia de parecer pobre volta como a sacada da estação com mil sobreposições, jeans destroyed, blusas podrinhas e jaquetas detonadas. O guarda-roupas descontraído e confortável lotado de peças esfarrapadas virou must-have, e mostra que a homelessness pode ter várias caras, mas os cortes fashionistas não entram na discussão social impressa nas imagens. "O homeless chic é só mais uma das perversões da moda. É um jogo de imagens, de atração e repulsão. Não tem nada a ver com mudar a situação de alguém", diz a repórter de moda da Folha de São Paulo, Vivian Whiteman.
O mundo fashion representa, interpreta culturas e identidades, expressando tudo no vestir. As imagens da moda são absolutamente abertas a qualquer leitura, e essa tendência requentada levanta um controverso debate sócio-político-estético. Aqui a moda romantiza a realidade? É insensível reconhecendo beleza no sofrimento alheio? As pessoas são negligentes sobre a questão? Ou o luxo pobre não passa de cenas fetiche abertas a discursos furados?"
Gente, me lembrei de Zoolander. Um filme que eu adoro!
Dou aulas de História da Indumentária e sempre digo para os alunos que as roupas são o reflexo de tudo que vivemos em determinada época, século, e vendo a moda atual, não só a das passarelas, mas também a das ruas podemos pensar, não?
terça-feira, 9 de março de 2010
Última coleção de Alexander MacQueen - Outono/Inverno 2011
A última coleção de Alexander McQueen assinada por seu fundador está sendo mostrada durante a Semana de Moda de Paris, em apresentações fechadas e com hora marcada. As roupas são simplesmente de chorar. Maravilhosas. A ideia de estampa digitalizada continua, mas dessa vez o estilista reproduziu obras de arte. As referências a períodos históricos antigos traziam anjos, caveiras quebradas e religião tudo meio macabro, as vezes.
O grupo PPR continua evitando comentar sobre o futuro da marca, dizendo apenas que ela continuará – e Gareth Pugh, apontado como provável novo diretor de criação da grife, negou veemente o fato por assessores. Adoro o Gareth Pugh. Já postei aqui nesse blog algo sobre ele.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Cal Lane e suas "rendas"
Gente, está rolando por aí um power point com os trabalhos da escultora Cal Lane e como acho bem bacanas os trabalhos dela resolvi postar aqui alguns.
Mais um exemplo bom, de reciclagem.
Ela tem 39 anos, Cal Lane, estudou em NY e no Canadá, usa a técnica da solda e ferramentas de corte de metal para criar delicados padrões rendados em superfícies de metal, estilo filigrana.
Os objetos escolhidos para seu trabalho são de lixo industrial e doméstico, como velhos tambores de óleo, pás, tampas de bueiro, pedaços de maquinário e de automóveis, Para saber mais sobre o trabalho de Cal Lane: website.
Acho bem interessantes os trabalhos da série "dirt" feitos com terra, pó.
Ah! Claro que alguém da moda já usou os trabalhos dela como inspiração. Adicionei um vestido do Antonio Berardi.
Assinar:
Postagens (Atom)