A discussão, que para mim já está se tornando meio monótona é sobre arte e moda, sobre o "novo" (se é que o novo existe), sobre transgressão, sobre o desejo, design e interdisciplinalidade, transitar em várias áreas, a subjetividade da moda, subverter a idéia original, rupturas e por aí vai. Esses foram os questionamentos desse encontro na 7º edição do Zigue-Zague em São Paulo.
Se entendermos que arte seja tudo que envolva criação então em alguns casos moda é arte mas não em todos.
No caso de Marcelo Sommer podemos pensar nessa possibilidade. Usando o "Anarco Primitivismo" como ele mesmo conta (veja o desfile na íntegra: http://www.youtube.com/watch?v=CSZOqSSbYyw) como inspiração para sua coleção outono-inverno 2010, comemorando 10 anos de trabalho na moda, nesse desfile Marcelo Sommer personalizou (novo termo para customizar como ele mesmo também comenta no desfile) suas roupas novas e de acervo, retinturou, deu banhos, lavagens, jateamento, lixamento, para dar cara de história as roupas, usou cores escuras, quase tudo preto, colocou carvão na passarela. Amigos desfilaram, modelos somente amigos. Ficou muito intressante.
No Zigue-Zague que aconteceu depois do desfile Marcelo explicou seu processo criativo e respondeu a perguntas. Visivelmente esgotado, deixou claro que quem espera retorno $$$ com coleções conceituais pode esquecer.
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