quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Um pouco de história - Marianne Brandt e a Bauhaus

A única presença feminina na Bauhaus, Marianne Brandt.
Tivemos muitas mulheres na escola Bauhaus e quando, em Dessau, elas saiam as ruas eram chamadas de marginais, eram os "punks" da época e as mulheres afastavam suas filhas dizendo "elas são da Bauhaus, não chegue perto!".
Marianne foi a única que se destacou no meio masculino.
Na Escola Bauhaus as mulheres eram colocadas para "produzir" nas oficinas de tecelagem e cerâmica mas Marianne escapou dessa.
Não querendo erguer bandeiras feministas mas pouco se lê sobre ela. Na Wikipedia constam apenas 2 linhas:
"Marianne Brandt (1893-1983), nascida como Marianne Liebe em Chemnitz, Alemanha, foi uma pintora e designer de metal. Na Bauhaus fez experiências junto ao laboratório de metal e criou objetos utilitários domésticos: chaleiras, serviços de chá e luminárias."
Marianne Brandt entrou para a Bauhaus em Weimar em 1924. Aprendeu nas oficinas de metais, que na altura eram dirigidas por Lázló Moholy-Nagy. Depois de fazer o exame final, tornou-se directora-adjunta das oficinas e organizou projectos com a colaboração dos fabricantes de candeeiros Korting & Mathiesen AG (Kandem), em Leipzig, e Schwintzer & Graff, em Berlim. Na Bauhaus com colegas como Christian Dell e Hans Przyrembel, e desenhou o candeeiro Kandem com a colaboração de Hin Bredendieck em 1928, como parte de um projecto de turma. De 1928 a 1929 Brandt foi mestra assistente da oficina de metais da Bauhaus de Dessau. Em 1929 trabalhou no atelier de arquitectura de Walter Gropius em Berlim, e durante os 3 anos seguintes desenvolveu novos conceitos de design para a Matellwarenfabrik Ruppelwerk, em Gotha. Foi a única mulher a fazer parte da Matellwarenfabrik da Bauhaus. Depois regressou a Chemnitz, onde começou a pintar. Durante esse período tentou licenciar alguns dos seus produtos á loja Wohnbedarf. Brandt ensinou na Hochschule fur Bildende Kunste, em Dresden, de 1951 a 1954, quando visitou a China e lá organizou uma exposição de design industrial com o apoio do governo alemão.
Na foto a única mulher:
Bauhaus design metal workshop: Marianne Brandt, Christian Dell, László Moholy-Nagy, Hans Przyrembel, Wilhelm Wagenfeld and others.

Um comentário:

  1. Nossa, não sabia sobre esta condição feminina naquela época, ainda mais na alemanha, tão moderna no inicio do século passado. A bauhaus sempre foi um reduto masculino, mas daí a esta hostilização....

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