O Festival Ecce Homo, Gainsbourg por Scandurra no Centro de Cultura Judaica na Oscar Freire.
São 20 anos de ausência do mais talentoso cantor e compositor francês do pós-guerra. Ausência física, mas absolutamente presente no legado que deixou em suas brilhantes composições. Seja nos arranjos simples e sofisticados como em letras de construções rítmicas complexas, com duplo sentido e sarcasmo mordaz. Grandes intérpretes desejavam cantar suas canções, entre os quais: Juliette Gréco, Françoise Hardy, Brigitte Bardot, Catherine Deneuve, Jacques Dutronc, Vanessa Paradis, Jane Birkin e sua filha Charlotte Gainsbourg. De pais judeus russos, o jovem Gainsbourg cresceu sofrendo preconceito durante a 2ª guerra mundial na França, o que levou a se esconder num orfanato no interior para fugir da deportação. A experiência de ser estrangeiro em seu país o levou, em parte, a ser este poeta que transformou a língua francesa por dentro. Ecce Homo, “este é o homem” é o título provocador de uma música auto-retrato que traz uma refêrencia à apresentação de Jesus por Poncio Pilates. “Eles amam me odiar”, dizia Gainsbourg, que se enxergava como uma figura crística dos tempos modernos. Ninguém melhor do que Edgard Scandurra para resgatar essa rebeldia. Ele reativa nesta ocasião o grupo Les Provocateurs que surgiu de sua paixão pela música francesa, especificamente por Serge Gainsbourg. Após uma introdução do Xico Sá, um pocket show da banda Suite que resgata o universo da música francesa dos anos 50, Edgard Scandurra e Les Provocateurs dividem o palco, durante dois dias, com Fausto Fawcett, Thiago Pethit, Blubell e a rainha do pop Wanderléa.
Virando a noite no Alberta#3 (Alberta#3, Av. São Luís, 272, República, São Paulo, 11 3151-5299) 19/06 às 19h00 com Thiago Pethit e Wanderléa Local: Teatro Vagas: 296 pessoas
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